O ar condicionado é um item cada vez mais exigido pelos consumidores na hora de comprar um veículo – ou mesmo por aqueles que já possuem um carro mais antigo. O conforto na direção é essencial para a atenção do motorista. Engenheiros da SEAT, fabricante automotiva espanhola, dizem que as reações do condutor em uma temperatura de 35ºC são 20% mais lentas – o mesmo percentual estimado para pessoas levemente alcoolizadas.
Vale lembrar que no verão a sensação térmica dentro de um carro pode chegar até 60ºC, dependendo da localidade. Entretanto, na busca pelo conforto, muitos usuários cometem alguns erros básicos lidando com o ar-condicionado automotivo.
1. Ligar o ar condicionado no máximo
Quando se entra num carro muito quente, a vontade que dá é de ligar o ar-condicionado do veículo na temperatura mais baixa possível. Pois saiba que esse não é o método mais eficaz para resfriar o carro mais rapidamente.
O indicado é abrir portas e janelas e deixar o ar circular um pouco. Até mesmo se você já for sair com o carro, é melhor abrir as janelas e ligar a ventilação, e só depois de alguns minutos colocar o ar-condicionado para funcionar.
Esse procedimento é o mais aconselhável por que exige menos do aparelho de ar condicionado, evitando gastos desnecessários com o consumo de combustível, bateria e outros problemas que podem fazer o equipamento parar de gelar. Acontece que, quanto mais quente for o ambiente a ser refrigerado, mais esforço o aparelho tem que fazer. Melhor então é equilibrar a temperatura antes.
Se disponível, o ar condicionado automático é o ideal. Com a opção da “recirculação de ar” ativada, a refrigeração se divide por igual dentro do veículo.
Além disso, por causa das novas funções, hoje em dia não é preciso mais desligar o equipamento antes de dar a partida ou de parar o carro.
Não precisa. Desgasta o sistema de ar condicionado e ainda desperdiça gasolina e bateria ficar com o equipamento ligado o tempo todo. Quando o interior do veículo estiver em uma temperatura ideal, o sistema pode ser desligado.
Outras alternativas podem ser somadas a isso. Por exemplo, usar telas protetoras para sol e preferir a ventilação durantes horários noturnos ou com pouca incidência de luz solar ajudam a diminuir o calor e equilibrar o uso do equipamento de forma sensata.
Ligar o ar condicionado e virar os dissipadores na direção do motorista não é o melhor jeito de climatizar o carro. A sensação de resfriamento é agradável apenas momentaneamente, mas o ideal é que todo o ambiente do carro fique confortável. Por isso, é melhor virar os dissipadores para frente ou para os lados, fazendo com que o ar circule, ao invés de ser amortecido por completo no corpo de uma só pessoa.
Além disso, virando os dissipadores paras as janelas, por exemplo, cria-se uma “cortina” de ar frio que também ajuda a impedir o calor de incidir dentro do veículo.
O ar condicionado do carro também precisa de manutenção, de troca de gás e lubrificação. O ideal é que os filtros sejam trocados a cada 15 mil km, mais ou menos.
Um ar que não climatiza muito bem o veículo normalmente está sofrendo com a falta de manutenção, que também aumenta o esforço do equipamento e gasta ainda mais bateria – sendo que o problema ainda pode estar na parte elétrica. Sem contar que a falta de manutenção prejudica a vida útil do sistema, fazendo que o tempo desfrutando o ar condicionado seja mais curto.
Se deixar o sistema de ar condicionado ligado sempre é um erro, manter ele desligado por longos períodos também não é bom. Isso pode ressecar os fluidos refrigerantes e a lubrificação do sistema. Mesmo que seja inverno mas não muito frio, tente ligar um pouco o aparelho para fazê-lo funcionar e deixá-lo sempre preparado para o uso quando for realmente necessário.
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